segunda-feira, 7 de julho de 2014

34 anos de trabalho, “cadê” a minha aposentadoria?

O maior sonho do trabalhador é se aposentar depois de vários longos anos de trabalho, seja no setor privado ou no público, contribuindo com o engrandecimento da nação. Mas, com o passar dos anos, está ficando cada vez mais difícil o cidadão comum se aposentar, pois o governo está sempre mudando as regras das aposentadorias, alegando o aumento da expectativa de vida do brasileiro, fazendo com que o trabalhador contribua por mais tempo e aumentando a idade da aposentadoria.

     No dia 09 de Abril de 1980, assinei o contrato de trabalho com o Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, que me autorizava a lecionar aulas de Educação Física no Colégio Estadual Murilo Braga. Nesta época, o professor tinha que contribuir por 30 anos para aposentar-se.

     Com a Constituição Federal de 1988, os professores adquiriam a aposentadoria especial por tempo de serviço após 30 anos para homens e 25 anos para mulheres, independente da idade. Em Abril de 2010, com 30 anos de trabalho, era para eu me aposentar, se esta lei estivesse em vigor, mas continuo até os dias atuais e por quê? Porque de acordo com a Emenda Constitucional 20 de 1998, aprovada no congresso e sancionada pelo Presidente Fernando Henrique do PSDB, o professor do sexo masculino para obter o direito à aposentadoria precisava ter contribuído por 30 anos e a idade de 55 anos, esta lei prorrogou a aposentadoria de milhares de professores por todo o Brasil. A mesma emenda permitia aos professores, através da regra de transição, que estivessem próximos da aposentadoria até 15 de Dezembro de 1998, fossem aposentados com 53 anos de idade e 30 anos de trabalho.

     Em 31 de Dezembro de 2003, o Presidente Lula do PT promulgou a Emenda Constitucional 41 que reduziu ainda mais os direitos previdenciários dos servidores públicos. A Emenda manteve a regra de transição, mas fixou pesado redutor de salário de 3,5% e 5% a cada ano de antecipação, se a aposentadoria fosse antes ou depois de 31 de Dezembro de 2005, respectivamente, para o sexo masculino e feminino. Esta lei obrigou os professores do sexo masculino não optarem pela aposentadoria antes dos 55 anos, a idade mínima.

     Em 5 de Julho de 2005, ainda no Governo de Lula do PT, foi promulgada a Emenda Constitucional 47 que, para diminuir o impacto da EC 41 para os servidores públicos, determinava que a cada ano trabalhado além da idade para aposentar-se haveria a redução de um ano na idade, mas infelizmente esta lei não se aplica aos professores, apesar se sermos servidores públicos.

     Já era para eu estar aposentado em uma das três situações: se a Constituição Federal de 1988 estivesse em vigor, teria me aposentado em 09 de Abril de 2010, com 30 anos de contribuição; em  07 de Julho de 2013, se a Emenda Constitucional 47 valesse para os professores, pois após ter trabalhado de 09 de Abril de 2010 a 09 de Abril de 2013, teria diminuído 2 anos na idade mínima  e me aposentado com 53 anos e em 07 de Julho de 2014, se a Emenda Constitucional 41 estivesse valendo até hoje, já que nesta data completei 53 anos, a idade mínima que requeria esta lei.

     As leis mudaram as aposentadorias dos servidores públicos, e em especial, aos dos professores, mas menos a dos políticos, que continuam especiais.

     O que mais me deixa indignado e revoltado é saber que Deputados Estaduais e Federais se aposentam com salário integral após 3 legislaturas, ou seja 12 anos de “trabalho” e os Senadores após um mandato de 8 anos, e foram eles que aprovaram as mudanças nas leis. Os Governadores e o Presidente que promulgam as leis se aposentam após um mandato, ou seja, com 4 anos de “trabalho”, recebendo o salário igual ao Desembargador Estadual se for Governador e igual ao Ministro do Supremo Federal se for Presidente. Eles mudaram a Lei da aposentadoria dos professores e dos servidores públicos, mas a deles não, deve ser porque eles trabalham muito, ganham pouco e a expectativa de vida deles é baixa. Como diz o ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.

     Este ano com as eleições para Deputado, Senador, Governador e Presidente fica difícil em quem votar, é bem capaz, independente de quem sejam os eleitos, que criem uma lei aumentando ainda mais a aposentadoria do trabalhador, enquanto a deles não seja modificada. A maioria dos Políticos e Partidos são “farinha do mesmo saco”, tanto faz PT, PSDB, PMDB e todos os outros P, pois eles não têm compromisso com a população e sim, com os próprios umbigos, familiares e apadrinhados.

     Em respeito aos meus alunos, ao Colégio Estadual Murilo Braga, a minha profissão e ao zelo do meu nome, continuarei trabalhando com respeito, responsabilidade, seriedade, compromisso e dedicação como quando iniciei há 34 anos e sabendo que terei a esperar mais dois anos para me aposentar, e somados serão 36 anos, 2 meses e 29 dias de contribuição e com 55 anos de idade, se os políticos não mudarem a lei até lá.

     Cadê a minha aposentadoria? O gato comeu, ou foram os políticos do PSDB, PT, PMDB... que a comeram?

Por Professor José Costa

domingo, 6 de julho de 2014

Fatos que marcaram a minha vida

Hoje, ao completar 53 anos de vida, tive a ideia de dividir humildemente com amigos e familiares alguns fatos marcantes da minha vida pessoal, familiar e profissional. Como é quase impossível lembrar-me de todos os acontecimentos, vou relatar os mais importantes, memoráveis e inesquecíveis de minha vida, em ordem cronológica:

Em 05 de Julho de 1961, numa Quarta-feira, nasci na casa situada a Praça João Pessoa com os cuidados e trabalho de parto da Cecília parteira. Meus pais Maria da Graça Costa e Josias Costa, já tinham dois filhos, Tonho e Cida, e posteriormente, nasceram Dete e Lourdes.

Tive uma infância brincando e jogando pelada com meus amigos e irmãos na Praça João Pessoa, e passando finais de semana ou tirando férias escolares no sítio do meu tio Zequinha na Fazenda Grande ou no sítio da minha tia Alaíde no Batula.

Aos 7 anos iniciei meus estudos na 1ª série do primário no Grupo Escolar Guilhermino Bezerra. Precisei levar umas chineladas de minha mãe por não querer ir à escola, mas é claro que fui e continuo estudando até os dias de hoje.

Em Outubro de 1972, quando eu tinha 11 anos, meu pai faleceu por motivo de doença. A partir daquele momento, mãe criou e educou os cinco filhos com amor e dedicação. No final do ano, terminei o 4º ano primário.

Em Janeiro de 1973 fiz a prova de admissão para estudar a 5ª série no Colégio Estadual Murilo Braga e fui aprovado, pois era o sonho de todos os alunos itabaianenses.

Em 1976, comecei a praticar basquete nas aulas de educação física com o Professor Romilto Mendonça e foi onde surgiu a paixão pelo basquete que posteriormente marcou a minha vida profissional. Participei dos Jogos Estudantis em Aracaju pela a categoria A de basquete. A melhor classificação da minha participação nos jogos foi em 1979, um honroso 4º lugar, com o professor José Antônio Macêdo.

No final do ano de 1979, concluí o 3º Ano do Segundo Grau, atualmente Ensino Médio.

Em Janeiro de 1980 fiz o vestibular para o Curso de educação física da UFS e fui aprovado, um sonho concretizado, pois desde a 8ª série já tinha decidido sobre a minha futura profissão, ser professor de educação física. Em Abril, um mês após ter iniciado os estudos na UFS, consegui o emprego de professor de educação física no Colégio Estadual Murilo Braga, já que naquela época, o universitário poderia ser contratado pelo Estado. Ainda no mesmo ano, especificamente no mês de Junho, comecei a namorar a aluna Madileide, com quem casei alguns anos depois.

Nos Jogos da Primavera de 1981, ganhei minha primeira medalha como técnico de basquete pelo CEMB, campeão pela categoria A feminina de basquete, disputando a final contra o Colégio Castelo Branco, na quadra da Associação Atlética de Aracaju. Como técnico de basquete, ganhei mais de duzentas medalhas em competições oficiais com os colégios onde trabalhei.

Em 1984 e até meados de 1985 fui coordenador de educação física do CEMB e ao mesmo tempo ensinei basquete. Em 1984, criei a Associação Itabaianense de Basquete para organizar, desenvolver e incentivar a prática do esporte em Itabaiana.

Em Agosto de 1985, conclui o curso de educação física da UFS e recebi o diploma no Ginásio de esportes Constâncio Vieira juntamente com os meus colegas e familiares. Mais um sonho realizado com muito esforço e dedicação, pois no período de 1980 a 1985 eu estudava e trabalhava.

Durante 6 anos namorei com Madileide e em Julho de 1986, nos casamos na Paróquia Santo Antônio e Almas de Itabaiana com as presenças de familiares, amigos e alunos. Neste ano, através de uma ideia minha, a Prefeitura de Itabaiana implantou o Projeto Rua de lazer, nele trabalharam os professores Valtênio, Benjamim, Wilson.

Em Março de 1987, criei o Jornal do Basquete para informar e divulgar as notícias do basquete de Itabaiana.

Em Janeiro de 1988, fui ao colega e amigo Neto, vice-diretor do Colégio Graccho e solicitei o emprego de professor de basquete, fui atendido e trabalhei nesta grande instituição de ensino por 22 anos.

Em Agosto de 1988 nasceu meu primeiro filho, Júnior; em Novembro de 1990, o segundo, Lucas e em Fevereiro de 1992, Thiago, três bênçãos de Deus em minha vida.

 Em Março de 1989, com a indicação do coordenador Cobrinha, Jairton Guimarães, fui contratado pelo Colégio Salesiano para ensinar basquete. Trabalhei por 21 anos e aprendi muito com os ensinamentos de Dom Bosco, grande educaçdor.

Em 1993, recebi o convite de Irmã Auxiliadora para dar aulas de basquete no Colégio Dom Bosco, aceitei e continuo até os dias atuais.

Em 2003, minhas equipes do Colégio Dom Bosco venceram 3 copas sergipana de voleibol em Aracaju e ganhamos o direito de representar Sergipe nos Jogos Estudantis Brasileiro, JEBs, em Brasília. Ao final do ano, a Federação Sergipana de Voleibol, FSV, me escolheu como o melhor técnico de voleibol feminino do Estado.

Em 2006 e 2007 assisti a duas competições internacionais, o Campeonato Mundial de Basquete feminino, em São Paulo e os Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro, respectivamente. Em ambas, meu filho Júnior viajou comigo.

Em 2009, criei o Blog Professor José Costa com muita satisfação e orgulho, e que em breve, chegará a marca de 2 milhões de acessos. Ao final do ano de 2009, pedi demissão dos colégios Salesiano e Graccho por motivos pessoais. Sou agradecido pela acolhida e respeito ao meu trabalho por mais de 20 anos.


Em 2010, recebi o convite de Everton Oliveira para dar aulas de educação física no Colégio O Saber, onde continuo até hoje. Em Julho de 2010, conclui a Pós-Graduação em Gestão Ambiental: Recursos naturais e estratégias de sustentabilidade pela Faculdade Educacional Araucária - FACEAR e do Instituto Superior de Educação Avançada – MASTERIDEIA.

O ano de 2013, foi o mais triste para mim e minha família, pelas mortes da avó de minha esposa, Dona Maria, da minha sogra, Dona Bernadete e principalmente de minha mãe, Maria da Graça Costa, a qual devo tudo que sou. Estas três mulheres de fibra marcaram minha vida e de todos os familiares, pois tiveram uma história de amor, dedicação e exemplo de vida as suas famílias. No mês de Agosto, tive a alegria do nascimento de minha querida netinha, Laisa, a criança mais linda do mundo.

Agradeço a Deus pelos 53 anos de existência e rogo a Ele que continue abençoando e iluminando minha caminhada, concedendo-me muitos e muitos anos de vida para que eu possa contar mais fatos marcantes de minha vida.

José Costa